Barco de papel

BARCOS DE PAPEL

Quando a chuva cessava e um vento fino
franzia a tarde tímida e lavada,
eu saía a brincar pela calçada,
nos meus tempos felizes de menino.

Fazia de papel, toda uma armada;
e, estendendo meu braço pequenino,
eu soltava os barquinhos, sem destino,
ao longo das sarjetas, na enxurrada…

Fiquei moço. E hoje sei, pensando neles,
que não são barcos de ouro os meus ideais:
são feitos de papel, são como aqueles,

perfeitamente, exatamente iguais…
– Que os meus barquinhos, lá se foram eles!
Foram-se embora e não voltaram mais –

Guilherme de Almeida

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Publicado por Alexandra

Acredito que algo feito por nós é valioso. Desde que me lembro que faço as prendas que dou. As prendas não têm que ser perfeitas mas têm que demonstrar todo o carinho que coloquei na sua construção.

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