Este ano foi um ano de desafios para todos e para mim também. No meu caso não foi o teletrabalho, porque já estava a trabalhar em grande parte a partir de casa, mas nas coisas que me propus fazer.
Uma grande amiga ouviu um sonho que eu tive com ela e abriu a Picknic.pickyourbasket. é uma empresa de comida caseira com entregas em casa.
Eu ajudei a criar a imagem e tenho apoiado em tudo o que posso no Canva.
Hoje esta minha amiga faz anos e achei que lhe devia dar uma prenda personalizada.
Usei quadrados de papel de 15x15cm, 10x10cm e 7x7cm.
Para os cestos usei como base a dobragem do copo.
Confia nos Sonhos
No mais fundo das tuas esperanças e dos teus desejos,
está o teu conhecimento silencioso do Além.
E, como as sementes que sonham sobre a neve, o teu coração sonha com a primavera.
Gosto muito da flor do Natal. Também gosto de aprender com quem gosta de ensinar.
Foi assim que hoje juntei as duas e dobrei esta Poinsettia da Isa Klein.
Eu usei-a para fazer uma pregadeira mas pode ser usada para tantas ideias.
Fiz com 6 papeis de 7 cm, de duas cores ou dupla face.
Dia de Natal
Hoje é dia de ser bom. É dia de passar a mão pelo rosto das crianças, de falar e de ouvir com mavioso tom, de abraçar toda a gente e de oferecer lembranças. É dia de pensar nos outros – coitadinhos – nos que padecem, de lhes darmos coragem para poderem continuar a aceitar a sua miséria, de perdoar aos nossos inimigos, mesmo aos que não merecem, de meditar sobre a nossa existência, tão efémera e tão séria.
Comove tanta fraternidade universal. É só abrir o rádio e logo um coro de anjos, como se de anjos fosse, numa toada doce, de violas e banjos, entoa gravemente um hino ao Criador. E mal se extinguem os clamores plangentes, a voz do locutor anuncia o melhor dos detergentes.
De novo a melopeia inunda a Terra e o Céu e as vozes crescem num fervor patético. (Vossa excelência verificou a hora exacta em que o Menino Jesus nasceu?) Não seja estúpido! Compre imediatamente um relógio de pulso antimagnético.) Torna-se difícil caminhar nas preciosas ruas. Toda a gente acotovela, se multiplica em gestos esfuziante, Todos participam nas alegrias dos outros como se fossem suas e fazem adeuses enluvados aos bons amigos que passam mais distante.
Nas lojas, na luxúria das montras e dos escaparates, com subtis requintes de bom gosto e de engenhosa dinâmica, cintilam, sob o intenso fluxo de milhares de quilovates, as belas coisas inúteis de plástico, de metal, de vidro e de cerâmica.
Os olhos acorrem, num alvoroço liquefeito, ao chamamento voluptuoso dos brilhos e das cores. E como se tudo aquilo nos dissesse directamente respeito, como se o Céu olhasse para nós e nos cobrisse de bênçãos e favores.
A oratória de Bach embruxa a atmosfera do arruamento. Adivinha-se uma roupagem diáfana a desembrulhar-se no ar. E a gente, mesmo sem querer, entra no estabelecimento e compra – louvado seja o Senhor! – o que nunca tinha pensado comprar.
Mas a maior felicidade é a da gente pequena. Naquela véspera santa a sua comoção é tanta, tanta, tanta, que nem dorme serena. Cada menino abre um olhinho na noite incerta para ver se a aurora já está desperta. De manhãzinha salta da cama, corre à cozinha em pijama.
Ah!!!!!!!
Na branda macieza da matutina luz aguarda-o a surpresa do Menino Jesus.
Jesus, o doce Jesus, o mesmo que nasceu na manjedoura, veio pôr no sapatinho do Pedrinho uma metralhadora.
Que alegria reinou naquela casa em todo o santo dia! O Pedrinho, estrategicamente escondido atrás das portas, fuzilava tudo com devastadoras rajadas e obrigava as criadas a caírem no chão como se fossem mortas: tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá. Já está! E fazia-as erguer para de novo matá-las. E até mesmo a mamã e o sisudo papá fingiam que caíam crivados de balas.
Dia de Confraternização Universal, dia de Amor, de Paz, de Felicidade, de Sonhos e Venturas. É dia de Natal. Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade. Glória a Deus nas Alturas.