Também foi um direto de dobragem, claro! A Isa Klein ensinou a fazer uma estrela que penso que se chama Jamkojian, por ter sido criada em forma de homenagem.
É verdade o origami guarda uma história, ou várias e é por isso que se torna tão belo.
Não resisti a aprender e treinar mais umas vezes. Quanto mais se aprende, mais se quer aprender (especialmente com os artistas que admiramos). A estrela criada pela Isa Klein e aqui dobrada por mim com os papeis da Dreams and Paper da coleção de Natal, vai tornar a decoração ainda mais bonita.
Usei para a estrela maior 6 papeis quadrados de 10x10cm, para a média 7x7cm e para a pequena 5x5cm.
Serenata
Permita que eu feche os meus olhos, pois é muito longe e tão tarde! Pensei que era apenas demora, e cantando pus-me a esperar-te. Permita que agora emudeça: que me conforme em ser sozinha. Há uma doce luz no silêncio, e a dor é de origem divina. Permita que eu volte o meu rosto para um céu maior que este mundo, e aprenda a ser dócil no sonho como as estrelas no seu rumo.
Os Gnomos fazem parte do meu imaginário de Natal. Pequenos e com um enorme capuz, umas vezes alegres, outras rabugentos; uns gostam de ajudar outros de pregar partidas, mas são todos especiais.
Foi neste caminho pelo Natal que encontrei na página de Youtube da Hello Origami, um vídeo sobre estes maravilhosos Gnomos.
Usei 3 quadrados 20×20 cm para o maior; 13x13cm no médio e 10x10cm no pequeno.
A dobragem é simples, são três módulos quase iguais. Também usei cola e tesoura para cortar os narizes.
Os Gnomos
Houve, uma vez, um sapateiro que, não por sua culpa, ficara tão pobre que só lhe restava couro para um único par de sapatos. A noite, cortou o couro para fazer os sapatos no dia seguinte; e, como tinha a consciência tranquila, deitou-se na cama, encomendou-se ao bom Deus e dormiu sossegada mente. Pela manhã, após recitar as orações, dirigiu-se á mesa para trabalhar; mas deparou com o# sapatos já prontos, file admirou-se e não sabia o que pensar a este respeito. Pegou nas mãos os sapatos para observá-los mais de perto e viu que estavam tão perfeitos que não havia um único ponto errado; eram, realmente, uma obra-prima. Logo depois, chegou um comprador; os sapatos lhe agradaram tanto, que pagou muito acima do preço estipulado. Com esse dinheiro, o sapateiro pôde comprar couro para dois pares de sapatos. A noite, cortou o couro para fazê-los, com a melhor disposição, no dia seguinte; mas não foi preciso. Quando se levantou pela manhã, os sapatos já estavam prontos, e não faltaram compradores que lhe deram tanto dinheiro, que lhe permitiu comprar couro para quatro pares de sapatos. De manhã cedo, ao levantar-se, encontrou prontos também esses; e assim prosseguiam as coisas: o que ele cortava à noite, encontrava feito de manhã; dessa maneira melhorou muito de situação e acabou ficando abastado. Ora, aconteceu que uma noite, pouco antes do Natal, o sapateiro preparou e deixou cortados os sapatos. Antes, porém, de ir para a cama, disse à mulher: – Que tal se ficássemos acordados esta noite, para ver quem é que nos auxilia tão generosamente? A mulher concordou alegremente; acendeu uma luz; depois esconderam-se atrás das roupas dependuradas nos centos da sala, e ficaram aguardando a lentamente. Ao dar meia-noite, chegaram dois graciosos gnomos completamente nuzinhos; sentaram-se à mesa de trabalho, pegaram o couro preparado, e com seus dedinhos ágeis puseram-se a furar, a coser e a bater, com tunta rapidez, que o sapateiro não conseguia despregar os olhos, de admiração. Não pararam enquanto não ficou tudo pronto; depois deixaram os sapatos acabadinhos sobre a mesa e, rápidos, safram saltitando pela porta fora. Na manhã seguinte, a mulher disse: – Os gnomos nos enriqueceram; devemos demonstrar-lhes nossa gratidão; eles andam por aí sem nada no corpo e devem ficar gelados de frio. Queres saber uma coisa? Vou coser para eles uma camisinha, um gibão, um colete e um par de calçõezinhos; farei, também, um par de meias para cada um; tu podes acrescentar os sapatinhos. O marido respondeu: – Alegro-me muito com tua ideia. E à noite, quando tudo ficou pronto, colocaram os presentes no lugar do trabalho cortado e depois esconderam-se para ver que cara fariam os gnomos. À meia-noite, chegaram eles; pulando, dirigiram-se à mesa para trabalhar mas, ao invés do couro, encontraram todas aquelas graciosas roupinhas. Primeiro admiraram-se muito, depois manifestaram grande alegria. Com uma rapidez incrível vestiram-se, alisaram as roupas no corpo e puseram-se a cantar:
Nós somos rapazes elegantes e faceiros, Para que sermos ainda sapateiros?
e divertiam-se dando cabriolas, dançando e pulando sobre os bancos e as cadeiras. Por fim, saíram, dançando, pela porta fora. Desde aí não mais voltaram, mas o sapateiro passou muito bem, enquanto viveu, e teve sempre muita sorte em tudo quanto empreendia.
Quisera Senhor, neste Natal, armar uma árvore dentro do meu coração e nela pendurar em vez de presentes, os nomes de todos os meus amigos. Os amigos de longe e de perto. Os antigos e os mais recentes. Os que vejo a cada dia e os que raramente encontro. Os sempre lembrados e os que às vezes ficam esquecidos.
Os constantes e os intermitentes. Os das horas difíceis e nos das horas alegres, os que sem querer, eu magoei, ou, sem querer me magoaram. Aqueles a quem conheço profundamente e aqueles de quem não me são conhecidos, a não ser as aparências. Os que pouco me devem e aqueles a quem muito devo. Meus amigos humildes a meus amigos importantes. Os nomes de todos os que já passaram pela minha vida.
Uma árvore de muitas raízes muito profundas para que seus nomes nunca mais sejam arrancados do meu coração. De ramos muito extensos, para que novos nomes vindos de todas as partes, venham juntar-se aos existentes. De sombras muito agradáveis para que nossa amizade, seja um aumento de repouso nas lutas da vida. Que o natal esteja vivo dentro de nós em cada dia do ano que se inicia, para que possamos viver sempre o amor e a fraternidade.
Era uma vez um velho pedaço de papel reciclado. O seu sonho… sim, os papéis também têm sonhos, mesmo os reciclados, o sonho dele era ser útil. Ele percorreu milhares de quilómetros, literalmente ao sabor do vento. Durante essa longa viagem, o pedaço de papel reciclado, viu e ouviu muita coisa, mas de que vale ser um papel se não se pode escrever nele aquilo que se vive ou viveu? Certo dia o já amarelecido pedaço de papel reciclado ficou preso numa árvore, “é o fim!”, pensou ele, de facto, que utilidade poderia ter um velho pedaço de papel reciclado no topo de uma árvore? Pois bem, foi precisamente esse pedaço de papel que chamou a atenção de uma criança para aquela árvore. E lá está ele, o velho pedaço de papel reciclado foi moldado numa estrela e enfeita agora o topo da árvore de Natal da família daquela criança. Velho… reciclado?! Sim, mas orgulhosamente útil e feliz.
Um dia vi uma grinalda feita com esta flor/estrela e achei maravilhosa. Descobri o vídeo no Youtube onde a Isa Klein ensina a fazer a dobragem e depois a decoração de Natal.
Gostei tanto que ainda estou a saborear a magia das dobras.