FAS

O Dia da Mãe está a chegar e eu comecei a ter ideias para fazer uma coisa simples com origami.

Lembrei-me de juntar o Moinho de Papel e o Vaso e fazer um postal.

Vamos precisar:

2 quadrados de papel (eu usei 10×10)

uma folha de cartolina, cola e canetas para o postal

Vamos ver como fica?

Para Sempre

Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
– mistério profundo –
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.

Carlos Drummond de Andrade

Portugal comemora hoje o 25 de Abril de 1974, fim da ditadura e início da democracia.

Lembrei-me que sendo o Cravo um dos símbolos desta revolução, podíamos fazer o nosso.

Uma pomba em Origami para decorar o que nos apetecer.

Material:

Usei 1 quadrado (15×15 cm) mas podem usar qualquer tamanho.

Vamos começar?

Que lindo Pássaro,
que lindo Pássaro que aí vem
Não sabemos se é Gaivota
não sabemos se é pomba
o que importa é a beleza que tem.

Manuel Gomes de Carvalho

Gosto das borboletas, de as ver voar entre as flores. Gosto do seu caminho. E não há magia mais colorida que um grupo de Borboletas a bailar.

Vamos homenagear esta Bailarina do ar? Basta um quadrado de papel (eu usei 10×10)

“Creio que aqueles que mais entendem de felicidade são as borboletas e as bolhas de sabão…
Ver girar essas pequenas almas leves, loucas, graciosas e que se movem é o que,
de mim, arrancam lágrimas e canções.
Eu só poderia acreditar em um Deus que soubesse dançar.
E quando vi meu demônio, pareceu-me sério, grave, profundo, solene.
Era o espírito da gravidade. ele é que faz cair todas as coisas.
Não é com ira, mas com riso que se mata. Coragem!
Vamos matar o espírito da gravidade!
Eu aprendi a andar. Desde então, passei por mim a correr.
Eu aprendi a voar. Desde então, não quero que me empurrem para mudar de lugar.
Agora sou leve, agora vôo, agora vejo por baixo de mim mesmo,
agora um Deus dança em mim!”Nietszche

Um dia vi este pássaro a comer na conta da @oliviaorigamideco e achei muito divertido. Um pássaro é sempre uma boa companhia.
Material:
Um quadrado de Papel do tamanho que gostarem mais. Eu usei uma folha de 10×10 cm.

Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto;
alimentam-se um instante em cada
par de mãos e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti…

Mario Quintana